A labirintite, comumente associada à tontura, é um sintoma que pode afetar significativamente a qualidade de vida das pessoas. Contudo, é importante entender que a tontura não é uma doença em si, mas sim um sinal de que algo no corpo não está funcionando corretamente. Portanto, para tratar esse desconforto, é necessário identificar a causa subjacente.
Existem diversos medicamentos no mercado que podem ajudar a aliviar a tontura causada pela labirintite. Contudo, a utilização desses medicamentos deve sempre ser supervisionada por um profissional de saúde. A seguir, será apresentado os principais tipos de remédios utilizados no tratamento da labirintite e suas indicações.
Principais remédios para labirintite e suas indicações
Embora o termo “labirintite” seja frequentemente associado à tontura, trata-se de um quadro infeccioso que afeta o labirinto, órgão responsável pelo equilíbrio e pela audição. Quando o labirinto é afetado, pode ocorrer perda de equilíbrio, zumbido no ouvido e sensação de ouvido tapado.
Porém, em muitos casos de tontura, a causa pode ser diferente, como problemas circulatórios, distúrbios de ansiedade ou alterações no ouvido interno. Por isso, a escolha do medicamento adequado deve depender da causa da tontura, sempre sob a supervisão de um profissional de saúde.
- Anti-histamínicos
Os anti-histamínicos são comumente indicados para aliviar sintomas de tontura e náusea. Medicamentos como Prometazina (Fenergan), Dimenidrato (Dramin) e Meclizina são eficazes no controle de crises agudas de tontura. Eles atuam bloqueando a histamina, substância responsável por diversos sintomas relacionados à tontura. Esses remédios são indicados para crises intensas e devem ser usados por períodos curtos, com acompanhamento médico.
- Bloqueadores de Canais de Cálcio
Os bloqueadores de canais de cálcio, como Flunarizina e Cinarizina, são eficazes no controle das crises de tontura. Eles ajudam a regular o equilíbrio do corpo e a minimizar os sintomas de vertigem. No entanto, esses medicamentos não devem ser utilizados por períodos prolongados, pois podem causar efeitos colaterais, como sonolência e aumento de peso.
- Betaistina
A Betaistina é um medicamento indicado para o tratamento da vertigem relacionada a distúrbios como a Doença de Ménière. Ela atua promovendo a melhoria da circulação no ouvido interno, proporcionando alívio para a tontura e o zumbido. Contudo, a Betaistina não é indicada para crises agudas, sendo mais eficaz em casos crônicos de desequilíbrio.
- Benzodiazepínicos
Os Benzodiazepínicos, como o Diazepam, podem ser prescritos para pacientes com tontura relacionada à ansiedade ou estresse. Eles ajudam a controlar os sintomas de vertigem e tratam condições como insônia e espasmos musculares. Contudo, seu uso deve ser cauteloso, já que esses medicamentos podem gerar dependência e outros efeitos colaterais adversos.
Nem todo tratamento para tontura requer medicação
Embora os remédios possam ser eficazes, nem todos os casos de tontura necessitam de medicamentos. A Vertigem Paroxística Benigna (VPPB), uma das causas mais comuns de tontura, pode ser tratada com manobras de reposicionamento realizadas no consultório médico. Além disso, em casos de tontura associada a estresse, má alimentação ou falta de sono, mudanças no estilo de vida, como melhorar a qualidade do sono, reduzir o estresse e praticar relaxamento, podem ser eficazes.
Os riscos da automedicação
A prática de se automedicar é arriscada, principalmente quando se refere a episódios de tontura. O uso inadequado de remédios para labirintite pode trazer sérios riscos à saúde, como:
- Diagnóstico incorreto: O uso de medicamentos sem saber a causa exata da tontura pode esconder o problema real, dificultando o diagnóstico correto.
- Agravamento dos sintomas: Medicamentos inadequados podem piorar os sintomas de tontura e seus efeitos associados.
- Interações medicamentosas: O uso indiscriminado de remédios pode causar interações perigosas, principalmente sem o acompanhamento de um médico.
- Efeitos colaterais: Mesmo medicamentos naturais podem causar reações adversas quando tomados sem orientação.
Por isso, é essencial evitar a automedicação. Sempre consulte um médico para um diagnóstico preciso e a prescrição de tratamentos adequados para a labirintite.
