A volta dos casos de sarampo no Brasil traz um alerta importante para todos nós. Com registros recentes em diversas regiões, entender como a doença se espalha e adotar medidas para proteger a saúde individual e coletiva é mais urgente do que nunca. O sarampo, uma doença altamente contagiosa, pode ser evitado com a vacinação, e a conscientização sobre a imunização é fundamental nesse momento.
O que é o sarampo?
O sarampo é uma infecção viral que aparece com sintomas como febre alta, tosse, coriza, olhos vermelhos e manchas na pele. A transmissão acontece principalmente por gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar, o que torna a doença extremamente fácil de se espalhar. Antes da vacina, o sarampo era uma das principais causas de morte infantil no mundo.
Sintomas e diagnóstico
Os sintomas do sarampo geralmente surgem entre 10 e 14 dias após a exposição ao vírus. Nos primeiros dias, a pessoa pode apresentar febre, tosse, coriza e olhos vermelhos. Depois, surgem manchas brancas na boca e as erupções cutâneas, que começam no rosto e se espalham pelo corpo. O diagnóstico é feito com base na avaliação clínica e, em alguns casos, por exames laboratoriais.
Embora muitas pessoas se recuperem sem grandes complicações, o sarampo pode causar sérios problemas, principalmente em crianças pequenas e em pessoas com o sistema imunológico enfraquecido. Pneumonia, encefalite e diarreia grave são algumas das complicações mais comuns. Por isso, a vacinação é a melhor maneira de evitar não só a infecção, mas também suas complicações.
A situação do sarampo no Brasil
Nos últimos meses, o Brasil tem registrado um aumento no número de casos de sarampo, principalmente em estados como Rio de Janeiro e São Paulo. Os surtos têm sido mais frequentes em áreas com baixa cobertura vacinal, o que mostra a importância de manter a vacinação em dia.
Casos recentes
Em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, duas crianças foram diagnosticadas com sarampo, e em Brasília, houve um caso importado. Esses episódios deixam claro que, embora o Brasil tenha alcançado o status de país livre da doença, a vigilância e a vacinação contínua são fundamentais para evitar que o vírus seja reintroduzido.
Campanhas de vacinação
Para enfrentar o aumento dos casos, o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais estão promovendo campanhas de vacinação em massa. A distribuição de doses extras da vacina tríplice viral tem sido uma das principais estratégias para reforçar a imunização, especialmente em municípios com baixa cobertura vacinal.
A importância da vacinação

A vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, é a maneira mais eficaz de evitar o sarampo. Ela é recomendada para crianças a partir de 12 meses, com um reforço aos 15 meses. Para os adultos que não foram vacinados ou que têm dúvidas sobre seu histórico vacinal, a vacinação também é altamente recomendada.
Cobertura vacinal
A cobertura vacinal é fundamental para prevenir surtos. Para garantir a proteção coletiva, é necessário que pelo menos 95% da população esteja vacinada. Infelizmente, muitos municípios ainda não atingem essa meta, o que aumenta o risco de transmissão do sarampo.
Grupos prioritários
Alguns grupos são mais vulneráveis ao sarampo, como crianças, gestantes e pessoas com o sistema imunológico comprometido. Para esses grupos, a vacinação é ainda mais importante, já que as complicações da doença podem ser mais graves.
Como se proteger do sarampo?
Proteger-se do sarampo não se resume apenas a tomar a vacina. Também é necessário adotar algumas medidas de prevenção.
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Mantenha a caderneta de vacinação atualizada
Verifique se as vacinas estão em dia e, se necessário, tome as doses que faltam. A imunização de cada pessoa ajuda a proteger toda a comunidade. -
Evite o contato com pessoas doentes
Durante surtos, evite ficar perto de pessoas com sintomas de sarampo. O vírus é muito contagioso e pode se espalhar antes mesmo de as erupções cutâneas aparecerem.
Como você pode ajudar a proteger sua comunidade e evitar a propagação do sarampo? É simples: confira sua caderneta de vacinação e incentive amigos e familiares a fazerem o mesmo. A saúde de todos depende do esforço coletivo.