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Os avanços na medicina trazem esperanças para quem convive com doenças crônicas. A pouco tempo, novas opções de remédios e tratamentos foram aprovadas e podem oferecer melhores resultados, com menos efeitos colaterais. Entender as opções e novidades em remédios para doenças crônicas é essencial para pacientes e familiares que buscam qualidade de vida e eficiência no tratamento.

A importância de novos remédios para doenças crônicas

As doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e artrite, exigem tratamentos constantes, que, muitas vezes, se estendem por toda a vida. A evolução na criação de medicamentos se concentra em aumentar a eficácia e reduzir efeitos adversos. Novas opções surgem para melhorar a adesão ao tratamento, o que é essencial para o controle adequado das condições crônicas.

O Ministério da Saúde, em parceria com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tem aprovado novos medicamentos para o tratamento de doenças crônicas complexas, como câncer renal, melanoma e doenças renais. Esses remédios oferecem novas abordagens e ampliam as alternativas de tratamento disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).

Remédios para doenças renais crônicas

Um exemplo notável de inovação é o tratamento de pacientes com hiperparatireoidismo secundário, condição comum em pessoas com doença renal crônica. Para esses pacientes, o SUS agora oferece medicamentos como Paracalcitol e Cinacalcete. Esses remédios ajudam a controlar os níveis de paratormônio (PTH), um hormônio essencial para o equilíbrio de cálcio, vitamina D e fósforo no corpo.

Estudos recentes mostraram que o Paracalcitol pode reduzir o risco de hospitalização e melhorar a sobrevida dos pacientes. Em muitos casos, ele reduz em até 50% os níveis de PTH, melhorando a qualidade de vida e diminuindo as dores ósseas, problemas articulares e outras complicações associadas à doença.

Novidades no tratamento de câncer renal e melanoma

Para quem convive com câncer renal, a Anvisa aprovou o uso do Opdivo (Nivolumabe). Esse medicamento é um anticorpo monoclonal que ativa o sistema imunológico para combater células cancerígenas. Ele é indicado para pacientes com melanoma, tipo de câncer de pele agressivo, e para casos de câncer renal avançado. Opdivo tem mostrado resultados promissores ao potencializar a resposta imune do organismo, oferecendo uma alternativa eficaz para pacientes que não respondem aos tratamentos convencionais.

Além do Opdivo, outra novidade é o Mekinist (Trametinibe), aprovado para tratar melanoma em comprimidos. Com esse medicamento, os pacientes com melanoma cutâneo agressivo têm mais uma alternativa no tratamento contra o câncer, o que pode contribuir para a redução dos casos de metástase.

A pesquisa brasileira e os remédios para doenças crônicas

No Brasil, a Rede Brasileira de Laboratórios Públicos realiza pesquisas que buscam desenvolver novos medicamentos para doenças crônicas. Recentemente, avanços no desenvolvimento de fármacos para o tratamento de dor neuropática foram feitos. Esse tipo de dor, que afeta cerca de um terço da população, responde mal aos analgésicos comuns. Graças a uma molécula em desenvolvimento, os pesquisadores observaram uma redução significativa da dor em modelos experimentais.

Esses avanços na pesquisa pública têm sido possíveis graças ao apoio de instituições como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Com a expansão de pesquisas e patentes, o Brasil se destaca na criação de soluções para condições crônicas.

Medicamentos à base de semaglutida e empagliflozina têm mostrado eficácia no controle da glicemia e na redução do risco de complicações cardiovasculares. Imagem: Freepik
Medicamentos à base de semaglutida e empagliflozina têm mostrado eficácia no controle da glicemia e na redução do risco de complicações cardiovasculares. Imagem: Freepik

Remédios essenciais para outras doenças crônicas

Além dos tratamentos para doenças renais e câncer, outros medicamentos são essenciais para o controle de condições crônicas:

O papel dos laboratórios e o futuro dos tratamentos para doenças crônicas

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos (Inofar) atua em parceria com 27 grupos de pesquisadores e universidades brasileiras, desenvolvendo novos tratamentos e tecnologias para doenças crônicas. O objetivo é oferecer medicamentos mais acessíveis e eficazes para a população.

Com mais de mil artigos publicados e 58 patentes registradas, a pesquisa nacional abre caminhos para o desenvolvimento de medicamentos que podem beneficiar milhões de brasileiros. A colaboração com indústrias farmacêuticas permite que os resultados das pesquisas se traduzam em novos tratamentos disponíveis no mercado e, eventualmente, no SUS.

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